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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O Amor é de Longe o Maior Agente Terapêutico - Por Abner Morilha



Reflexões sobre o Texto de Gary Collins Aconselhamento Cristão


Muito me impressionou a pesquisa feita pelo ex-presidente da Associação Psicológica Americana na qual ele faz a estimativa de que hoje três em cada quatro conselheiros desempenham mal a sua função. E que a maioria dos pastores sentem-se despreparados para assumir a responsabilidade do aconselhamento e grande parte deles não sabe aconselhar corretamente. O mais chocante são as evidencias de que os conselheiros incompetentes, e até nocivos são a maioria.

Collins afirma que muitas pessoas têm uma vaga noção do que esperam do aconselhamento e se os seus conselheiros também forem vagos desse jeito, a terapia terá grandes chances de ser ineficaz e sem objetivos.

O autor cita seis objetivos que devem fazer parte do atendimento:


1) Autoconhecimento
2) Comunicação
3) Aprendizado e mudança de comportamento
4) Auto-realização
5) Apoio
6) Integridade espiritual

Dentre todos os fatores importantes que devem fazer parte da relação Conselheiro e Aconselhando o relacionamento é o mais importante. Um estudo realizado com pacientes hospitalizados e vários conselheiros demonstrou que os pacientes melhoravam quando os terapeutas demonstravam alto grau de calor humano, sinceridade e empatia.

O relacionamento terapêutico tem um propósito bem definido – ajudar o aconselhando. Não se deve usar o relacionamento terapêutico para preencher as necessidades do terapeuta.

Apesar de ser muito difícil resumir os procedimentos adotados em aconselhamento. É possível pontuar algumas técnicas básicas usadas na maioria das situações de aconselhamento:

1) Dar atenção

2) Ouvir

3) Responder
a. Comentar
b. Perguntar
c. Confrontar
d. Informar
e. Interpretar
f. Apoiar e encorajar

4) Ensinar

5) Filtrar

Ele ainda afirma que o aconselhamento não é um processo passo a passo como assar um bolo, pois o ser humano é singular, com problemas, inclinações, valores, expectativas e experiências diferentes de qualquer outra pessoa.

Entretanto, há algumas etapas e fases que se repetem varias vezes no processo de aconselhamento:

1) Conexão
2) Exploração
3) Planejamento
4) Desenvolvimento
5) Encerramento

Os argumentos de Collins são resultados das pesquisas e observações feitas por ele e por vários profissionais. E ele pontua que o atendimento não é algo fechado e estanque porque cada pessoa é singular e única em sua essência e em suas elaborações por isso, o aconselhamento deve ser direcionado ao aconselhando, sem é claro, descartar as técnicas de aconselhamento que colaboram na abordagem durante o processo. Ele também afirma que muitos crentes sinceros terão a vida eterna no céu, porém não conseguem usufruir da vida abundante prometida pelo Senhor, porque estas pessoas precisam de outras coisas além do evangelismo e da educação cristã tradicional.

A maior parte das pessoas que procuram o aconselhamento não procura por causa de problemas na área espiritual e sim por problemas matrimoniais, crises, depressões, conflitos interpessoais, confusão e outros dramas do cotidiano.
Entretanto, muitas pessoas relutam em procurar aconselhamento, pois não é fácil para ninguém admitir que necessita de ajuda. A nossa cultura evangélica estimula a idéia que o crente deve ser capaz de resolver sozinho todos os seus problemas de modo que o aconselhamento é considerado por muitos um fracasso espiritual.

O relacionamento é apontado como um dos maiores fatores para o sucesso do aconselhamento e neste acolhimento é importante que o 1) Calor humano; 2) Sinceridade; 3) Empatia permeiem o atendimento pois estes são os atributos mais citados nas definições de um bom conselheiro. Pois “o amor é de longe o maior agente terapêutico”.


COLLINS, Gary R. - Aconselhamento Cristão- Edição Século 21. São Paulo: Vida Nova, 2004. p.43-55.

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