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terça-feira, 2 de março de 2010

A ÁRVORE DA CURA – Parte 1 - Por Abner Morilha


MODELOS DE ACONSELHAMENTO

Hurding faz uma análise muito interessante do que é aconselhamento e do que é psicoterapia. Ele inicialmente trabalha com a definição dos termos e propõe uma reflexão sobre a questão do que é aconselhamento pastoral, aconselhamento secular e psicoterapia.

Ele chama à atenção às dificuldades que o próprio tópico traz, pois trata da essência da nossa condição humana e lida com a substancia de nossas dificuldades e com a melhor maneira de resolvê-las e de que não raras vezes estas dificuldades podem ser examinadas usando-se de um número tão variado de perspectivas que pelo próprio caráter, podem frustrar uma analise satisfatória.

O tema também se torna de difícil análise devido aos inúmeros equívocos, pensamentos desorganizados e rivalidades profissionais nas áreas de assistência pastoral, evangelização, aconselhamento, psicoterapia e psiquiatria geral.

A relação entre aconselhamento e psicoterapia estabeleceu-se na década de cinqüenta e sessenta e para muitos as palavras são sinônimas, entretanto há uma real diferença que algumas vezes é difícil de identificar onde exatamente começa uma e onde termina a outra. Segundo o autor existe um continuum que passa de forma mais simples de aconselhamento para os níveis mais profundos da psicoterapia.

O vinculo entre as ciências naturais e as ciências humanas às vezes ficam em tensão, de modo que o psiquiatra pode sentir-se ameaçado ou incompreendido por ambos os lados.
Hurding diz que a maioria das definições da palavra neurose chama atenção para a presença de reações inadequadas aos conflitos interiores. São reações essencialmente irracionais, pois não existe nenhuma boa explicação imediata para elas. Pessoas com medo mórbido do desconhecido, com comportamento intensamente obsessivo, com um nível inconsolável de depressão, com sintomas físicos persistentes sem relação com alguma enfermidade orgânica. No entanto, essas aparentes irracionalidades começam a fazer sentido quando entendidas a partir da exploração dos pensamentos e sentimentos da pessoa.

As neuroses podem ser ajudadas com aconselhamento e psicoterapia, embora nas formas mais graves, possam requerer a internação hospitalar e o uso prolongado de remédios.

As fronteiras entre neurose e psicose não são bem demarcadas, mas ainda assim, existem certas distinções fundamentais. Enquanto a neurose é uma reação que afeta os aspectos da pessoa, a psicose implica na dilaceração de toda a personalidade. O individuo que passa por um colapso psicótico experimenta uma mudança na qualidade da realidade e uma desordem dos processos do pensamento.
As desordens clássicas são consideradas inacessíveis à psicoterapia.

Cawley menciona quatro tipos de psicoterapia, nos quais se pode empregar o termo aconselhamento:

Psicoterapia 1 – Apoio e incentivo dispensado ao paciente
Psicoterapia 2 – Leva-se a pessoa a um nível mais profundo no que diz respeito às causas de seus problemas. Pode-se aqui desafiar as defesas.
Psicoterapia 3 – Esta psicoterapia dinâmica verifica os processos inconscientes e emprega fenômeno da transferência
Psicoterapia 4 – Este é o nível escolhido para a psicoterapia comportamental, no qual se entende que os dilemas do paciente têm relação com os “maus hábitos”.

O aconselhamento pode ser incluído no nível 1 e na parte inicial do nível 2, enquanto a psicoterapia ocupa os outros níveis restantes.

Pode-se também incluir na camada do aconselhamento os seguintes aspectos:

1. Alívio do peso dos problemas diante de um ouvinte compreensivo,
2. Vazão de sentimentos num relacionamento de apoio,
3. Discussão de problemas existentes com um ajudado.

A essência do aconselhamento e da psicoterapia é ajudar o outro por meio de um relacionamento de cuidado assim como produzir mudanças construtivas do comportamento e da personalidade.

Temos dois elementos na função do aconselhamento:

1. Ajudar o outro,
2. Relacionamentos

Crabb sustenta que, dentro de uma situação eclesiástica, podemos ajudar aos outros em qualquer um dos três níveis:

Nível 1 – Mediante estimulo,
Nível 2 – Mediante a exortação,
Nível 3 – Mediante esclarecimento.

Crabb tem como propósito capacitar outro a mover-se na direção de sentimentos, comportamentos e pensamentos que se harmonizem com os princípios bíblicos.

Ref. Bibliográfica: HURGING F. Roger, A Árvore da Cura, Ediçoes Vida Nova

Na semana que vem postaremos a segunda parte.

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