Fronteiras entre
Aconselhamento e Psicoterapia:
Aconselhamento e Psicoterapia:
A não distinção entre a atuação do conselheiro e a do psicólogo na maioria das vezes não fica muita clara. Portanto, não raras vezes há um intercruzamento nestas competências e algumas indisposições podem surgir neste encontro.
Por isso, é importante tentar traçar uma linha que apesar de tênue pode dar algumas fundamentações para o trabalho do conselheiro.
No processo da relação o conselheiro de deve atentar-se para algumas questões importantes:
a) Precipitação versus cautela: Um conselheiro não deve ficar perdendo tempo, entretanto não deve apressar o processo de cura.
b) Preconceito versus imparcialidade: Momentos de confronto devem fazer parte do atendimento. O aconselhando precisa ser confrontado por causa do pecado ou comportamento inadequado.
c) O Envolvimento emocional em vez de objetividade: Fronteira tênue entre o carinho e se tornar tão envolvido a ponto de não poder prestar ajuda alguma.
d) Dar ordens em vez de explicar: Talvez o desejo inconsciente do conselheiro seja querer dominar e exercer controle.
e) Artificial em vez de Autentico: Não necessitamos ser perfeitos e o fardo de cometer erros e ter sempre o conhecimento e a habilidade necessária para resolver qualquer problema, não precisa fazer parte do nosso repertorio.
O conselheiro deve estar atento a sua vulnerabilidade.
Alguns aconselhados têm o desejo consciente ou inconsciente de manipular, frustrar ou não cooperar e os mecanismos mais utilizados para frustrar um conselheiro e aumentar a sua vulnerabilidade são:
a) Manipulação;
b) Contratransferência;
c) Resistência.
Outro fator importante é que grande parte do sucesso de um conselheiro reside em prestar atenção em silêncio e refletir naquilo que o aconselhando está dizendo.
Deve-se respeitar o timing do aconselhando, pois quando o conselheiro tenta avançar muito em uma sessão, o aconselhando se sente esmagado e, muitas vezes, fica confuso. Ele só consegue absorver uma ou duas noções principais por sessão, por isso, o aconselhamento deve ser ritmado e sem atropelos.
Quando não há este respeito ao tempo interno do cliente, o aconselhando quando se sente atacado ou ameaçado poderá reagir de 3 formas:
1) Defender-se geralmente com agressividade
2) Resegnar-se
3) Continuar com o conselheiro temporariamente, de má vontade.
Espero que esta pequena reflexão possa contribuir em suas relações.
Abraços,
Abner Morilha
Psicológo e Conselheiro
Referência Bibliográfica:
Referência Bibliográfica:
COLLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão. Edição Século 21. São Paulo: Vida Nova, 2004. p.30 -34.
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